Deu nojo de ler, neste domingo, o editorial do Estadão 'Lula colunista' e a coluna do Ubaldo Ribeiro no Caderno 2 'Sangue novo na imprensa'. Ambos tratam da iniciativa da presidência em inaugurar uma coluna semanal do presidente Lula nos veículos de comunicação que se cadastrarem para publicá-la.
O editorial afirma "É evidente que o presidente não terá condições de redigir de próprio punho sua coluna jornalística". Já Ubaldo, referindo-se a coluna do presidente diz "Eu ia mencionando também a necessidade de saber escrever, mas me lembrei de um ou dos coleguinhas no passado e manda a honestidade reconhecer que, em certos casos, saber escrever não tem a menor importância".
Esses trechos são apenas uma degustação do preconceito histérico destilado contra o presidente.
Onde já se viu presidente com coluna no jornal? Pior ainda, presidente que não tem curso superior com coluna no jornal? Os conservadores estão de cabelo em pé diante de tamanho disparate. Eles não se conformam.
Nunca se conformaram com a eleição de Lula, não se conformaram com a reeleição de Lula. Não se conformam com os altos índices de aprovação do presidente e de seu governo, mesmo diante de denúncias que a mídia tratou de transformar em escândalos. Conformam-se menos ainda com a medida tomada pela Secom - Secretaria de Comunicação da Presidência, em redistribuir o valor gasto em publicidade, incluindo veículos de impresa local, regional e segmentada, afinal quem perde com isso são Estadão, Folha e outros 'grandalhões', que até então detinham a exclusividade do recebimento dessas verbas.
O que eles temem, de fato, é a ampliação dos canais de diálogo do presidente com o povo, sem que exista o filtro da edição maliciosa das redações. Onde isto vai dar, devem se perguntar os publishers da mídia hegemônica?
O fato é que com uma e outra iniciativas, algumas mais estruturantes outras pontuais, com caminhos que precisam ser melhor consensuados e compartilhados, o governo federal está agindo para romper a blindagem midiática. Sua coluna, a redistribuição de verbas (ainda que insuficientes), a criação da EBC, a convocação da 1ª Conferência de Comunicação estão tirando o sossego dos barões da mídia, que antes não eram intocáveis. Agora, pelo menos, estão sendo incomodados. Já é alguma coisa.
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