Não é bicho-papão, nem mula-sem-cabeça, mas anda rondando as noites e pode pegar você. Estou falando do Ecad - Escritório Central de Arrecadação e Distribução de Direitos Autorais. São seus fiscais que observam o pagamento devido dos direitos autorais pela execução de músicas em rádios, espetáculos, casas de show.
Eles - que já eram o pesadelo de muitos músicos e estabelecimentos - agora vão ser 'a mosca na sopa' do seu casamento, festa de aniversário, chá de bebê, chá de cozinha, despedida de solteiro. Isso porque o Ecad anunciou que irá fiscalizar eventos sem fins lucrativos para verificar se a devida taxa pela execução de obra artística foi recolhida. Caso contrário, você ganhará um multinha por estar ouvindo na sua festa um Kid Abelha, ou um Paralamas, Axé, Sertanejo, fique à vontade para escolher o ritmo e o artista que receberá o pagamento para ser escutado.
Acontece que isso é descaradamente um abuso de poder e extrapola as funções do Ecad. Cobrar pela execução de obras em eventos sem fim lucrativos, e pior ainda, privados é totalmente inconstitucional.
Parabens, Renata, é isso que temos que fazer, gritar bem alto, quem sabe as autoridades tomem uma providência, é uma quadrilha organizada para desviar o direito autoral dos compositores Brasileiros para sustentar um mercado fonográfico em decadência, já se perguntou porque os artistas de lá de fora ficam tão ricos ? e porque o CD custa 2 dolares lá fora, e aqui em média 30 reais, sou compositor de mais de 1200 trilhas sonoras nas Tvs Brasileiras, e já estou cansado de ser roubado e umilhado por estes abutres do direito autoral.
ResponderExcluirAo realizar sua festa particular, contrate uns seguranças bem fortões e bem brigões... e deixe-os agir à vontade com esses fiscais. Aposto que umas duas boas surras resolve o problema. Aliás, o problema é que os artistas mesmo, não recebem. Só os sanguessugas do Ecad...
ResponderExcluirRenatinha e seus leitores, numa das campanhas eleitorais do Inácio Arruda pra prefeito de Fortaleza resolvemos fazer umas tardes musicais nas sextas feiras, regadas a uma cervejinha, que ninguém é de ferro. Pois bem, na primeira, quando escolhemos as músicas do Chico Buarque como companhia, logo apareceu um cara do ECAD exigindo uma licença pela qual teríamos que pagar, do contrário seríamos autuados e multados. Expliquei sobre o que se tratava, que ninguém iria cobrar nada, nem mesmo a cerveja, já que nos cotizamos e tal. O cara num queria papo. Falei que ele fizesse o que quizesse, peguei a pasta, ou melhor, a mala preta dele e fui deixá-la lá na calçada dizendo que ele seria nosso convidado especial, a não estar presente. O cidadão se mandou, nem atuou coisa alguma e repetimos aquelas horas felizes mais algumas vezes.
ResponderExcluirResolvemos a coisa na moral, com rigor - sem brigões e surras, viu minha doce amiga Soninha - e tenho certeza que o Chico Buarque não sofreu nenhum baque nas suas contas, até porque duvido que algum dia ele jamais veria a cor da grana daquela pretensa licença.
Na verdade o pagamento dois direitos autorais de peças artísticas, principalmente música, precisa ser melhor ajustado. Que é preciso ser arreacado e pago creio que ninguém contesta, agora, como diz o Beto Lopes, num dá pra ser o sustento desse mercado fonográfico sanguessuga e decadente, que se num se ajustar também num vai ter AI5 Digital que salve. Os autores devem ir luta. É assim que a coisa funciona desde muito tempo.