Aumento do depósito compulsório para os Bancos, dos critérios para concessão de crédito e mudança nas regras do Fundo Garantidor do Crédito foram o pacote de medidas anunicadas pelo ainda presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.
O anúncio remonta aos melhores momentos da política ortodoxa neoliberal e estão, infelizmente, em sintonia com a entrevista concedida por Guido Mantega, ministro da Fazenda, ao Jornal Nacional há uma semana.
Mantega apontou que a política econômica em 2011 deve retomar as metas de superávit, cortando recursos de custeio, freando a valorização do salário mínimo e dos servidores públicos – estes últimos, segundo Mantega, estão ganhando muito bem.
Pela previsão do Banco Central, o aumento do compulsório anunciado nesta quinta-feira (03) vai retirar da economia R$ 61 bilhões de reais a partir de 13/12. Com menos dinheiro circulando no país, a consequência é o desaquecimento da economia, redução do crédito – que por outra medida anunciada passará a ter regras mais rígidas. Essa medida terá vigência de 7 meses, quando será reavaliada.
Se a entrevista de Mantega tinha acendido o sinal amarelo, as medidas de Meirelles ligaram o alerta vermelho. A pressão política para impedir uma política econômica incompatível com o aprofundamento de uma política nacional de desenvolvimento é tarefa de primeira hora para os movimentos sociais.
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