13.3.07

Jornal: dar ou vender

Em tempos de grandes transformações na mídia devido à avassaladora presença da Internet e das tecnologias digitais, os veículos da era de Guttemberg têm enfrentado os mais variados dilemas.
Procurando evitar os vatícios mais calamitosos acerca do fim dos jornais, estes têm passado por alterações gráficas, editoriais, publicitárias para manter seus leitores sem a presunção de concorrer com a Internet mas, pelo menos, lhe ser complementar.
Outra tendência é mudar o público alvo, atualmente composto principalmente pelas camadas A e B, para os segmentos mais populares das camadas C e D.
Como? A primeira medida é fazer jornais gratuitos, com muita publicidade (não a dos grandes veículos, mas os pequenos comércios, os produtos destinos a essas classes), e linguagem mais acessível, popular.
O advento dos jornais gratuitos não é novidade. Em São Paulo o MetrôNews circula desde 1974 e se auto-define como um veículo de informação e prestação de serviços. Há, também, os jornais de bairro, em sua esmagadora maioria gratuitos. Em 2006, o Destak Jornal somou-se a essa experiência e, mais recentemente, o Giro SP, que começou a circular na cidade em 09/03.
Em outros países esse caminho também vem sendo percorrido por grandes empresas jornalísticas. Segundo levantamento da ANJ - Associação Nacional dos Jornais, nos últimos 12 meses foram lançados 38 títulos gratuitos pelo mundo. São mais de 160 veículos de distribuição gratuita que atingem a marca dos 25 milhões de exemplares.
Uma pesquisa realizada em 2005 por um instituto norte-americano aponta que os veículos gatuitos atingem mais o público jovem. Avalia-se que estes meios cumpririam o papel de isca, para atrair o leitor para o jornal pago.
O certo é que ainda é cedo para prognósticos definitivos. Mas é inegável que os gratuitos vieram pra ficar.

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