7.5.07

Curtas como o tempo

O tempo anda curto. As horas correm e escorrem pelos dedos e o resultado do ritmo frenético dos tempos modernos é o acumulo das coisas que ficam por fazer e, consequentemente, menos tempo para registrar nesse espaço algumas reflexões.
Desculpas a parte, vamos rapidamente às rapinhas da semana.

1- Aplausos à coragem e determinação do governo brasileiro que tomou a decisão inédita no país de permitir a produção de um medicamente que está sob patente. O licenciamento compulsório do Efavirenz reune vários aspectos dignos de nota: enfrenta o poder econômico das multinacionais farmacêuticas, atende à uma necessidade urgente para garantir e ampliar o atendimento do Programa Nacional de DST-Aids, reduz os gastos com a compra de um medicamento vendido a preços abusivos e permite reabrirmos o debate sobre questões como a Lei de Patentes em vigor no país, a urgência de investimentos públicos e privados para estimular a pesquisa e a produção de medicamentos nacionais.

2- Vaias para a PM paulista! Mais uma vez a Política Militar demonstra a sua face autoritária e truculenta. Durante a Virada Cultural de São Paulo baixou o cacetete contra jovens, homens e mulheres que participavam da maratona cultural paulistana. Não só o cacetete, mas tiros de bala de borracha, bombas de efeito moral. O governador José Serra ainda elogia a PM. É o fim da picada mesmo!

3- A semana é papal. Não se fala em outra coisa, ainda mais por essas plagas que vão receber o papamóvel, o papa avião, o papa tudo. Bento 16 vem fazer sua política religiosa por aqui, de olho em aglutinar mais o seu rebanho que anda meio desgarrado.

4- E segue a descarada campanha da Globo contra a Classificação Indicativa. No esteio da polêmica que cerca o recolhimento da biografia não autorizada de Roberto Carlos, a emissora evoca a luta contra a Censura que ronda perigosamente o Brasil, segundo as manifestações de alguns dos entrevistados pelo Fantástico deste domingo, entre os quais o mago Paulo Coelho. Embalada como drops nesse debate aparece como outro exemplo para reiterar o perigo da Censura a Classificação Indicativa. É muita pouca vergonha.

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