6.6.08

O eterno retorno

Algumas coisas nos despertam lembranças e sentidos adormecidos, alguns sabores, cheiros, lugares, situações, músicas.
O recém lançado e último (assim tudo indica) filme da série Indiana Jones é uma delas. Não que se trate de obra cinematográfica obrigatória e fundamental, daquelas que entram para a lista dos clássicos. Não mesmo. Mas certamente para a geração dos trinta/quarenta despertou um sentido de infância, aquela sensação adormecida que fica latente em cada um de nós.

A música de John Willians é um dos veículos que nos transporta para aquele momento de nossas vidas em que ainda não nos preocupamos com as coisas mundanas do mundo adulto. No início do filme, a silhueta de Indy e o velho chapéu ao chão nos embala na aventura que parece atemporal. Esquecemos que o protagonista de galã tornou-se já um senhor de 66 anos.

E seguimos suas aventuras, olhos fixos, crianças sentadas na poltrana com a pipoca no colo. Uma desconecção com a realidade que dura pouco menos de duas horas, mas que revigora e rejuvenesce.

Eu recomendo, algumas horas de alienação não fazem mal a ninguém.

2 comentários:

  1. Oi Renata, trabalhei como voluntária na bienal da Une, lembra de mim, Régia? Vim te fazer uma visita e adorei isso aqui!
    Beijo

    ResponderExcluir
  2. Muito, muito bom, Rê! Eu sou suspeitíssimo para falar, porque sou fã incondicional de Indiana Jones, mas é fato que você foi precisa na avaliação: "A música de John Willians é um dos veículos que nos transporta para aquele momento de nossas vidas em que ainda não nos preocupamos com as coisas mundanas do mundo adulto." E nada mais precisa ser dito.
    Beijos

    ResponderExcluir