7.4.09

Pane no speedy e a escravidão da web

São 14:30 desta terça-feira e só agora, já passado metade do dia, estou acessando a www. A sensação de vazio e dependência que a falta de conexão durante um dia de trabalho nos causa é imensa.

O que fazer? Como trabalhar, como se comunicar, como produzir desconectados? Enquanto aguardamos na redação o reestabelecimento da conexão, eu e meus colegas recorremos aos jornais do dia.

E, ai, a sensação é de déjà vu, notícias de ontem impressas no jornal de hoje. Afinal, não é mesmo esse o negócio dos jornais? O problema é que em tempos de ciberespaço, a notícia de ontem não vale muito hoje, porque a velocidade criada pela rede mundial de computadores nos impõe a notícia do hoje, do agora, o deleite do tempo real, ou pelo menos quase real.

As horas passam e com elas aumenta a sensação de vazio e dependência. Finalmente, antes que o dia termine, a vida volta ao normal. Estaremos nos tornando escravos da web, da tecnologia?

3 comentários:

  1. Lendo esse texto, lembrei de um que escrevi em agosto do ano passado. Dá uma olhada: http://coisasdesoninha.blogspot.com/2008/08/como-que-eu-vivia-antes.html

    Beijos

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  2. Acho que não se trata de escravidão, Renatinha, mas de uma adaptação humana ao enorme avanço tecnológico nas formas do homem se comunicar. Estamos longe dos tambores, dos sinais de fumaça, das chapas de linotipo, da tv e do radio a válvula, do telex e outras tecnologias vencidas pelo tempo e pela capacidade humana. Só não podemos nos distanciar do texto gostoso, do conteúdo rico e principalmente, do desejo de avançar sempre. Foi com esse desejo que o homem tocou duas o pedras e se fez a luz. Qualquer outra forma de ter feito o primeiro clarão já é fruto da critividade inesgotável dos seres humanos.

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  3. Soninha, excelente o resgate do teu post. Me fez viajar no tempo. Também frequentei as saudosas aulas de datilografia.

    Inácio - pois é... talvez você tenha razão. Nos adaptamos, habituamo-nos às coisas e depois não sabemos mais como viver sem elas. Espero apenas que essa adaptação não acabe por tolher a criatividade e sim ampliar seus horizontes!

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