1.2.10

"Caça" ofertas

Que o brasileiro é motivado por pechinchas isso não é novidade. Independente do poder aquisitivo, o que vale é obter um bom desconto, quem sabe um brinde. A meta é levar alguma vantagem no negócio.

Consumidora leva produto de saldão

Consumidora leva produto de saldão

É só olhar para as filas e o tumulto das liquidações de início de ano, gente se atropelando, empurrando e esbofeteando para arrematar a geladeira, o fogão, o sofá, secador de cabelo, sapato, vestido – tem de tudo. Ah!, se precisar carregar a máquina de lavar nas costas não tem problema, dá-se um jeitinho. Esta blogueira também não foge à regra e está de olhos nos mega-saldões para ver se consegue uma boa compra.

O resultado desses impulsos consumistas nem sempre são os esperados – vários dos produtos amealhados pelas ofertas afora vêm com defeitos, ou têm pouca durabilidade e logo vem à cabeça o velho ditado popular “o barato sai caro”.

Um Rafale ou dois Gripen?
No caso da compra dos caças para a Força Aérea Brasileira a “mídia cria caso” está tentando induzir a opinião pública ao senso comum – o governo federal tem que aproveitar a oferta. Levar 2 pelo preço de 1.

Calma com o andor que o santo não é de barro minha gente. O Brasil precisa renovar sim sua frota de aeronaves de combate, mas deve fazer isso levando em conta não apenas o preço, mas os objetivos técnicos, econômicos e políticos na hora de tomar a sua decisão.

Tecnicamente não há como negar que o Rafale (França) e o F 18 (EUA) são superiores ao Gripen da Suécia, apontado como o favorito pela FAB que fez uma análise de preços e optou pelo mais barato. Reportagem do Globo mostra que o caça sueco ainda está na fase de teste, aliás, pré-teste.

Por outro lado, um país não faz apenas compra produtos, ele estabelece relações comerciais multilaterais e estratégicas visando a expansão econômica do país, seu posicionamento comercial e político no cenário internacional e, neste aspecto, a França que é o país de origem do Rafale tem um peso político e econômico relevante no cenário internacional – o que não se pode dizer da pequena Suécia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário