A sanha conservadora, aliada ao fundamentalismo religioso está passando dos limites. Em 2009, uma campanha contra a Aids usou a imagem de Hitler e fez a analogia de que a doença é, como o líder nazista, uma assassina em massa. A campanha chocou o mundo e foi contundentemente criticada. (Leia mais)
Agora, os conservadores Poloneses – diante do avanço das políticas que reconhecem os direitos das mulheres e avançam na compreensão de que a interrupção da gravidez deve ocorrer, quando necessário ou desejado, assistida pelo Estado – mais uma vez recorrem ao Fuhrer para atacar o aborto.
Um cartaz estampado nas ruas da cidade de Poznan mostra Hitler ao lado de fetos abortados com a frase: “o aborto para mulheres polacas foi introduzido por Hitler a 9 de Março de 1943”. O sentido da anti-campanha é relacionar a prática do aborto aos terrores do nazismo.
A responsabilidade campanha é da organização Fundacja Pro, que justificou alegando que o objetivo é relembrar que o aborto foi introduzido na Polônia durante a Segunda Guerra Mundial como forma de controlar o crescimento da população, que era considerada inferior pelos nazistas.
Lançada em razão do dia internacional da mulher, a campanha foi recebida de forma muito negativa é está suscitando revolta. “Entendo que a campanha foi concebida para chocar, mas há limites para o impacto”, disse a deputada polaca Elzbieta Streker-Dembinska, ao jornal inglês “Daily Telegraph” . “Um feto e Adolf Hitler é uma comparação injustificada. A ideia é inaceitável e ultrapassa as fronteiras da decência”, acusou.
A Polônia tem uma das leis mais restritivas da Europa sobre o aborto, que só é permitido em caso de violação, incesto ou risco de vida para a mulher e para o feto.
A iniciativa conservadora ocorre no contexto de ampliação dos países que estão legalizando o aborto, como aconteceu recentemente na Espanha.
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