Um exército convertido a cavalheiros Jedi cujas armas são o
amor e a força da mente para provocar o bem nas pessoas. Este exército nasce
como uma unidade clandestina dentro de uma divisão das Forças Armadas dos
Estados Unidos – o maior aparato de guerra do mundo. Generais com flores em
punho e coronéis hippies se lançam na empreitada de construir o Exército da
Nova Terra, formado por Jedis que vão combater o lado escuro da força.
O delírio não é meu, mas do escritor Jon Ronson (livro), que
teve a ajuda de Peter Straughan para transformar essa história inverossímel em
filme, estrelado por George Clooney, Ewan McGregor, Jeffrey Bridges e Kevin
Spacey.
Algumas situações do livro são reais, como o laboratório de
cabras que eram usadas para treinamento cirúrgico, por mais bizarro que isso
possa parecer. Mas as cabras são mais que cobaias, elas são a metáfora dos
iraquianos invadidos pelos Estados Unidos.
Quem narra a história é um jornalista fracassado e covarde que
resolve ir para o front de batalha no Iraque depois de sua esposa trocá-lo pelo
editor do jornal. Lá, Bob Wilton (MacGregor) conhece Lyn Cassady (Clooney), um
dos Jedi do Exército do Novo Mundo, que está numa missão tão secreta que nem
mesmo ele sabe qual é. Ambos partem para o deserto iraquiano, aonde vivem
situações improváveis.
Em todo saco há maças podres
O filme ridiculariza o Exército e critica a postura dos EUA de se autoproclamarem os guardiões do mundo, o governo de todos os governos, inquestionáveis por estarem acima do bem e do mal. A invasão do Iraque é utilizada como pano de fundo dessa crítica.
O filme ridiculariza o Exército e critica a postura dos EUA de se autoproclamarem os guardiões do mundo, o governo de todos os governos, inquestionáveis por estarem acima do bem e do mal. A invasão do Iraque é utilizada como pano de fundo dessa crítica.
Mas eles também buscam mostrar que há, nos EUA, os que
discordem da postura de seus governantes, os Jedi.
Mídia a serviço do poder
Depois de presenciar os poderes jedi e os abusos cometidos pelos que usaram seus poderes para fazer o mal, Bob é incumbido da tarefa de contar ao mundo toda aquela história. Falar das prisões arbitrárias, da exploração econômica contra um país que estava apenas buscando ser livre, das atrocidades cometidas pelos norte-americanos.
Depois de presenciar os poderes jedi e os abusos cometidos pelos que usaram seus poderes para fazer o mal, Bob é incumbido da tarefa de contar ao mundo toda aquela história. Falar das prisões arbitrárias, da exploração econômica contra um país que estava apenas buscando ser livre, das atrocidades cometidas pelos norte-americanos.
Bob retorna e cumpre sua missão. Envia seu “furo de
reportagem” para os principais veículos de televisão, rádio, jornais e
revistas, a espera de ver toda a verdade revelada. Mas, toda sua história se
resumiu a uma informação jocosa de que os soldados norte-americanos colocavam a
música do ursinho Barney para os presos ouvirem.
O humor de O homem que encarava cabras não é nem um pouco convencional, mas é justamente isso que torna o filme tão interessante.
Nenhum comentário:
Postar um comentário