Uma semana cheia de simbolismos que colocam em prova o imperialismo estadunidense. Primeiro o governo dos EUA assume o controle acionário da GM. Agora, a Assembléia Geral da Organização dos Estados Americanos - OEA suspende o veto à participação de Cuba na organização, que vigorava desde 1962.
Definido por unanimidade dos chanceleres presentes à 39ª Cúpula da entidade, a medida acaba com um entulho herdado dos tempos da Guerra Fria, imposto e mantido por todos estes 47 anos pela pressão norte-americana.
Até ontem, a Secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, tentava colocar obstáculos à reintegração de Cuba, dizendo que tal medida só poderia ser proposta se a OEA apresentasse uma lista de condições a serem assumidas pela Ilha.
A decisão final, tomada sem a presença de Hillary - que se retirou antes do término da Cúpula - não só suspendeu o veto como o fez sem qualquer contrapartida.
Cuba já estabelece relações políticas e comerciais com quase todos os países do Continente, e esta realidade somada às mudanças de postura políticas que veem tomando conta da América Latina nos últimos anos foram determinantes para a decisão tomada hoje.
Não se pode negar, apesar da intransigência do governo norte-americano nesta matéria, que as posturas recentemente adotadas pelo presidente Barack Obama - que conferiu um tom menos mordaz às relações com Cuba - também influenciaram na decisão dos chanceleres.
Cuba segue dizendo que não tem interesse em integrar a OEA. Contudo, as declarações de Fidel e de outros dirigentes cubanos não devem ser tomadas como definitivas. Pode ser politicamente interessante para Cuba participar deste espaço político existente na região.
De qualquer maneira, retornando ou não, o dia de hoje é histórico.
Como cantou Caetano:
ResponderExcluir"Mamãe eu quero amar a Ilha de Xangô e Iemanja, e Orumbá igual a Bahia.." Viva Cuba!