22.2.10

DEM, nascimento e agonia

Reza a prudência que não se deve sepultar o morto de véspera. Mas com o número de lesões que estão se acumulando sobre o DEM, difícil não colocar no horizonte o definhamento do repaginado PFL.

Desgastado por uma história de serviço ao regime militar, de defesa dos símbolos mais reacionários da sociedade, o PFL percebeu que não tinha mais espaço para se manter no cenário político nacional. Precisava substituir da liderança do partido os velhos caciques e dar roupagem nova para ideias conservadoras e reacionárias. Um banho de vitrine.

O rebento publicitário nasceu em 2007, há pouco mais de dois anos. Página na internet, foco nos jovens, slogan enganoso – já que não há ideias novas gestadas neste partido – e um novo presidente, o jovem deputado federal Rodrigo Maia.

Os escândalos envolvendo o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda e seu vice, Paulo Octávio e agora a cassação do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab colocam o DEM numa situação de grande dificuldade para a disputa eleitoral.

Os fatos e a prática política do DEM dissolveram a demão de tinta que havia sido colocada sob o partido. Por detrás da tela que retratava o novo, revelou-se o velho.

Aliados tradicionais, como o PSDB, já começam a ver obstáculos em alianças e palanques eleitorais envolvendo lideranças da sigla em crise. Claro que sempre há sobrevida na política, vamos ver qual será a estratégia do DEM para sair dessa encruzilhada.

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