“Se eu perder você vai pra debaixo da terra… se eu perder minha casa eu vou te matar”. Essas são as ameaças do ex-marido de Maria Islaine, que procurou 8 vezes a delegacia para dar queixa das denúncia. Infelizmente, suas denúncias não redundaram em ações efetivas da força policial e do Estado para garantir-lhe a seguranç
A cabelereira foi morta brutalmente, com 9 tiros a queima roupa, um assassinato filmado pelas câmera de segurança que Islaine instalou em seu salão, acreditando que isso lhe traria mais segurança. As cenas indignaram o país.
Uma morte que poderia ter sido evitada se as autoridades respeitassem os direitos da mulher e as políticas criadas para coibir a violência doméstica, consignados na Lei Maria da Penha. Claro que a aplicação de uma lei desta é heterogênea pelo país, uma vez que depende da ação da unidade federativa em que será aplicada. Ai, entram todos os tipos de fatores subjetivos, mais especificamente os diferentes graus de machismo que atingem a sociedade e se refletem nas instituições.
Todos os dias centenas de mulheres sofrem ameaças de morte feitas por maridos, ex-maridos, namorados e outros familiares. Apenas uma parte dessas mulheres procura ajuda e faz a denuncia. Mas infelizmente, a maioria dessas denuncias não são levadas à sério. É verdade que parte delas nunca é concretizada. Dizer as palavras “eu te mato” ou coisa que o valha, na maior parte das vezes é força de expressão, usada de forma corriqueira e que não carrega a intensão.
Mas a quem cabe decidir que ameaça será concretizada ou não? Uma vez feita a denúncia, o papel do ente público é evitar que a violência se efetive. Como? Com os meios que forem necessários. O que não é possível é a continuar havendo mortes anunciadas que poderiam ter sido evitadas.
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