O anúncio do fim do Cordel do Fogo Encantado, nesta quara-feira, caiu como uma tromba d’água. A banda pernambucana, que está na estrada há 14 anos (primeiro como grupo teatral e em seguida como banda musical) construiu um dos trabalhos musicais mais originais surgidos no Brasil neste período.
A música do Cordel nos leva ao sertão, à seca. Nos arranjos musicais a poeira do sertão penetra não só nos ouvidos, mas na pele. Parece que nos transportamos. Um orgulho do Brasil e do povo nos invade ao ouvirmos um repertório que bebe na música regional, mas que agrega o que de mais moderno pode-se pensar.
Lirinha, ao anunciar sua saída do grupo, diz em nota: “É com muita dificuldade que redijo essa informação, devido ao imenso amor que eu sinto pelo público e pelos meus companheiros/guerreiros do projeto. Revelo, por respeito aos que me acompanham, a minha vital necessidade de trilhar novos caminhos. Ajudei a desenvolver um dos espetáculos mais originais da cultura pop do país e é com esse sentimento de orgulho que sigo em frente. Com a certeza de que o fogo da nossa poesia e da nossa música nunca se apagará e que nossa força é infinita!”.
Já diria o poeta “que seja eterno enquanto dure”. E foi. A necessidade de trilhar novos caminhos artísticos impõe inaugurações e encerramentos. E assim é.
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