Estamos às vésperas do primeiro turno das eleições e o tema que está tomando conta das discussões é: teremos ou não segundo turno?
A saraivada de balas disparadas incessantemente por parte considerável da imprensa nacional contra a candidatura de Dilma Rousseff, contra o governo Lula, o PT e todos os seus aliados começou a reduzir a vantagem de Dilma, que passou a maior parte da campanha com índices que lhe garantiam a vitória em 03 de outubro.
A tática do principal partido de oposição do Brasil – a mídia hegemônica – é bater para matar, não importa quais armas usar para atingir esse objetivo. O problema é que o candidato deles – o tucano José Serra – está amarrado a uma âncora e permanece praticamente estagnado na disputa.
Quem tem se beneficiado mais diretamente dos ataques contra Dilma é Marina Silva, que aproveitou para surfar nessa onda e, inclusive, aderiu ao tom belicista, atirando em seus adversários. Mas, Marina não tem nenhuma chance de virar o jogo a seu favor e ir para o segundo turno. Então, sua ação favorece única e somente ao tucano José Serra.
Tanto é que já há tucanos preocupados em quais movimentos fazer para conquistar o apoio de Marina para a segunda etapa da disputa. Como declarou Aécio Neves, advertindo à direção da campanha que é preciso mudar a estratégia para atrair Marina.
Marina e o PV... tudo a ver?
Muita gente tem questionado o que fará Marina se as eleições forem para o 2º round. Ai há uma nuvem a ser dissipada. Eu não apostaria cegamente as minhas fichas na alternativa de Marina – pela sua trajetória de vida, sua história de luta – assumir publicamente o apoio a Dilma. Isso pode acontecer, sem dúvida. Mas uma vez candidata, Marina assumiu acordos e compromissos com deus e o diabo e, do lado do PV há uma legião de soldados do tucanato camuflados de verdes.
Dia das bruxas
Se a decisão ficar mesmo para o dia 31 de outubro, a artilharia pesada vai crescer contra Dilma. Reverter a tendência do eleitorado é uma missão quase impossível. Como o quase faz as honras da dúvida, é melhor estar preparado desde já. Aumentar o tom contra José Serra, e reduzir os vidros do telhado do lado de cá, para evitar cortes mais profundos.
Como diz o ditado, no creo em las brujas pero que las ay las ay... por isso, é melhor que elas estejam do nosso lado.
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