São Paulo: o apóstolo dos gentios, um
dos santos mais importantes da Igreja Católica; clube de futebol
tri-campeão do mundo; cidade com 11 milhões de habitantes; o mais importante estado brasileiro. Seja como for, São
Paulo sempre é grande e cheio de problemas.
Mas a pergunta, nesta oportunidade,
pode ser melhor formulada assim: Quais serão os acordos firmados nos
bastidores da política paulistana para as eleições de outubro de
2012? Tudo indica que, pelo andar da carroagem, ressuscitarão a
candidatura de José Serra para anular os anseios petistas de ganhar
a prefeitura. Não haverá uma terceira via como alternativa forte o
suficiente para colocar um basta na polarização PSDB-PT que se
arrasta por mais de 2 décadas na cidade, e o debate de projetos para
a São Paulo ficará secundarizado mais uma vez.
O maestro deste cenário
político-eleitoral foi o atual prefeito Gilberto Kassab. Um político
que até pouco tempo era inespressivo e que deve muito da sua
projeção ao amigo Serra. Justiça seja feita, Kassab nunca negou
isso para ninguém.
Desde que iniciou os contatos para
preparar a sua sucessão na prefeitura, Kassab sempre deixou claro em
todas as conversas, com todos os partidos, que num cenário em que
Serra fosse candidato ele o apoiaria. A questão é que ele sempre
fez questão de registrar que considerava essa possibilidade
inexistente. Na sua avaliação, Serra não concorreria à prefeitura
paulistana novamente, em nenhuma condição.
Muitos subscrevemos essa avaliação.
Erramos todos os que apostavam na ausência de Serra na disputa.
Erramos todos que acreditaram que o PSDB viria fragilizado para as
eleições, com um candidato sem prestígio e com pouca viabilidade
eleitoral. Os tucanos abririam mão, de entrada, da prefeitura da
maior cidade do país??? Abdicariam de deslocar a correlação de
forças eleitoral em seu favor, como se a ocupação da prefeitura de
São Paulo não desequilibrasse o cenário político nacional a favor
do partido que estiver a sua frente?
Entre inocentes e espertos, o povo da
maior cidade do país pode ser mais uma vez coadjuvante nesta
disputa.
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